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segunda-feira, 28 de abril de 2025

Chuvas atrasam maturação em MS, mas China sinaliza boa notícia para produtores de soja

Em Mato Grosso do Sul, as recentes precipitações trouxeram um desafio para os produtores de soja. De acordo com o Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA) da Conab, referente ao período de 1 a 21 de abril, as chuvas ocorridas no estado atrasaram a maturação das últimas lavouras tardias. Essa condição climática impactou negativamente a qualidade dos grãos colhidos, segundo a Conab.

Entretanto, no cenário econômico, há uma boa notícia para todos os produtores nacionais. Isso porque declarações recentes, Yin Ruifeng, afiliado ao Ministério da Agricultura da China, sinalizou a possibilidade de substituir as importações de grãos dos Estados Unidos por outras origens no mercado internacional.

A China, maior compradora mundial de soja, já demonstra uma tendência de diversificação de seus fornecedores. A Bloomberg reporta que o país asiático espera receber um volume acima do normal da oleaginosa da América do Sul no segundo trimestre deste ano, com destaque para o Brasil, Argentina e Uruguai.

A previsão é de que as remessas desses países ultrapassem as 30 milhões de toneladas entre abril e junho, estabelecendo um recorde para o período.

Suspensão de importações

Apesar da perspectiva positiva de aumento nas exportações brasileiras, a matéria da Bloomberg também aponta para um desafio logístico que impactou algumas indústrias chinesas. A lentidão inicial da colheita no Brasil e as restrições logísticas atrasaram os embarques do país, levando algumas empresas chinesas processadoras de soja a suspenderem suas operações.

Essa situação, conforme relatado no site do centro de informações do Ministério da Agricultura da China, contribuiu para a elevação dos preços do farelo de soja em Dalian, atingindo o patamar mais alto desde dezembro de 2023. Adicionalmente, os estoques de soja importada nos portos chineses registraram uma queda, aproximando-se do nível mais baixo dos últimos cinco anos.

Missão brasileira reforça comércio

Em meio a esse cenário, a missão brasileira na China, liderada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforça a estreita relação comercial entre os dois países. Durante encontro com o ministro Zheng Shanjie, da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, foi destacada a importância do intercâmbio bilateral.

Em 2024, as exportações totais brasileiras para o mercado chinês alcançaram US$ 94,37 bilhões, com a soja figurando como o principal produto, totalizando US$ 31,5 bilhões.

Fonte: Osvaldo Sato/Midiamax

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