22.8 C
Dourados
segunda-feira, 28 de abril de 2025

Empresa fornecedora de merenda é interditada após flagrante de alimentos estragados

Investigações apontam que contratos fraudados superam a quantia de R$ 10 milhões

Uma empresa de Campo Grande, responsável pelo fornecimento de merenda escolar para prefeituras do interior de Mato Grosso do Sul, foi interditada na terça-feira (18) após fiscalização encontrar alimentos estragados e vencidos no local.

A operação foi realizada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio dos grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado e Especial de Combate à Corrupção (GAECO e GECOC). A ação levou a Vigilância Sanitária ao estabelecimento, onde as irregularidades foram constatadas.

Além da interdição da empresa, foram cumpridos 39 mandados de busca e apreensão nos municípios de Água Clara, Campo Grande, Rochedo e Terenos. Durante as diligências, aproximadamente R$ 9 mil foram apreendidos com um dos alvos da operação.

A operação foi batizada de “Malebolge”, em referência à obra Divina Comédia, de Dante Alighieri, que descreve o oitavo círculo do inferno, onde estariam condenados fraudadores e corruptos. A ação contou com o apoio do Batalhão de Choque e do BOPE da Polícia Militar.

Empresa fornecedora de merenda é interditada após flagrante de alimentos estragados

Esquema milionário e corrupção

Através de todo o trabalho investigativo, o MPMS aponta para a existência de uma organização criminosa instalada nas cidades de Água Clara e Rochedo, ambas com o mesmo modus operandi, que tem como alvo administração pública dos municípios. 

Conforme narra o Ministério Público, os núcleos desses grupos tinham contato com empresários, quem seria o encarregado de articular o esquema.

Foi constatada a corrupção de servidores públicos que fraudavam licitações públicas, através do direcionamento para benefício de empresas específicas nos certames municipais. 

Como é descrito pelo MPMS, de maneira falsa, os agentes públicos davam atestado de recebimento de produtos e serviços, acelerando os trâmites administrativos nos pagamentos de notas fiscais fruto dos contratos entre os empresários e o poder público, recebendo pagamento de propina. 

Em valores, as investigações conduzidas apontam que esses contratos fraudados superam a quantia de R$ 10 milhões. 

Fonte: Dourados Agora

Leia também

Últimas Notícias